SOÊMIA PIMENTEL CYPRESTE
( Brasil – Espírito Santo )

Soêmia é natural de Vitória, Espírito Santo, Brasil.
É professora aposentada, poetisa, escritora com 3 livros publicados.
Membro da ACLAPTCTC, AFESL, CONCLAB e outras.
Foi  Secretária da ACLAPTCTC, Comendadora, embaixatriz e participou de vários congressos brasileiros e visita aos coirmão acadêmico de Portugal. 
Palestrante em Escolas e participante assídua nos saraus literários.

ANTOLOGIA DE ACLAPPTCTC Neotrovismo 44 anos. Clério José Borges, Org. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2024.  226 p.  ISBN 978-65-01-00460-0  No. 10 363
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda



FOLHAS SECAS

Folhas ao vento...
Seguindo arrastadas
Para lugares incertos,
Levadas por forças ocultas
Envelhecida e secas pelo cansaço
Moribundas e desoladas,
Se deixam ser levadas
E pelo frescor do ar,
Vão pelos ares
Foram jovens, belas e viçosas.
E saciaram a sede de sombra,
Do caminhante...
Já enfeitaram a vida do errante.
Folhas ao vento...
Vejo-as uma a uma partir...
Na passarela da vida
Levando dentro de si
O peso dos seus anos
E a sabedoria dos seus desenganos.

POETAS E ESCRITORES BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges (Org.)   Vitória, Espírito Santo.  Editora Canela Verde, ACLAPTCTC, 2020.  290 p. ilus.
ISBN 978-65-991059-9-0-6     No. 10 898
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

NADA MUDOU

Nada mudou no cenário
A não ser os restos que ficam
Do final da festa passada
E os pedaços de sonhos
Que se debruçam no asfalto
Nada muda a não ser os rostos
Cansados se desnudos
Que exaustos procuram
Encontrar um fim de rua...
O dia raiou, a festa acabou...
O amor se perdeu
A fé se desvaneceu
E o cansaço surgiu...
Um Abraço, um amigo,
Ou quem sabe um abrigo...
Encontrar sempre é preciso
Não importa a estação,
O ano ou a ocasião
Somos todos iguais
Nesta festa, neste instante.
O ano passou, mas continuam
A saudade, o vazio e a solidão.
Vamos juntos e unidos
Procurar neste início
O sentido de tudo isto.

TEMPOS NOVOS

A festa acabou...
O ano partiu...
Com ele os sonhos
Os abraços, as luzes,
Os amores perdidos
E aquele que chegou...
A esperança se despede
Mas renova ao nascer do sol
Ao piscar de um novo dia
Ao nascer de um novo ano.
Que brilha com maestria...
O corpo doído e quente
Se ergue diante do sol
Que surge como sempre
Entre nuvens por trás do azul.
Nada parece mudar...
Tudo está como antes
Somente um dia amanhece
Do mesmo jeito resplandece
Para aquecer a gente...
Que continua a buscar,
O amor...
Incessantemente...

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Página ampliada e republicada em outubro de 2025.

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Página publicada em abril de 2025.